OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

TOLERÂNCIA E PACIÊNCIA

"As diferenças não devem fazer com que recuemos. Elas não devem nos impedir de exercer nossa compaixão com força e motivação cada vez maior. Quando Buda nos deu os ensinamentos pela primeira vez, quantas pessoas os compreenderam? Nenhuma. Por causa disso, ele se recusou a dar os ensinamentos por um período de sete semanas, mas depois começou a ensinar novamente.

Se Buda tivesse se recusado a ensinar porque ninguém lhe dava ouvidos, não teríamos a religião budista hoje. Da mesma forma, se eu insisto que minhas palavras e minha compaixão têm que ser aceitas por todos, essa seria uma sabedoria decadente; seria sabedoria para mim e para mais ninguém. A verdadeira sabedoria é abrir mão daquilo que eu acho ser correto para ver com maior clareza o que é verdadeiramente útil. Sabedoria é a abertura que nos permite ver o que é essencial e mais eficaz, o que verdadeiramente precisa ser praticado por toda a humanidade. Isso é muito necessário. Isso é algo que precisamos praticar.

A sabedoria exige que trabalhemos de acordo com a bondade que todos temos. Quando nos defrontamos com obstáculos ou dificuldades, podemos usá-los para desenvolver mais inspiração, pois se verdadeiramente estimamos a gentileza e o cuidado, essa crença nos dará a coragem para superar todos os obstáculos. Sabedoria é ser capaz de usar os obstáculos dessa maneira. Caso contrário, a sabedoria se torna uma peça de museu e terminamos colecionando filosofias, lógica se ensinamentos exatamente como as pessoas colecionam selos.

A sabedoria de todas as tradições do mundo precisa ser nutrida e cuidada, não colecionada. Nossa sabedoria inata precisa ser desenvolvida, compreendida e aguçada. Cada pessoa deve desenvolver o destemor para que a sabedoria possa extirpar sua ignorância. A melhor sabedoria é aquela que você tem a coragem de aplicar a si próprio. Somente então você pode realmente compreender os seres humanos como eles são. Depois você pode dar a si próprio e aos outros a oportunidade de crescer individualmente, pensar como eles querem. Todos nós precisamos de espaço para nos desenvolver. 

Podemos aprender juntos até um determinado ponto, mas a transformação do mundo deve começar dentro de nós. Compaixão e sabedoria precisam trabalhar juntas, combinadas com habilidade, tolerância e paciência. Se nos dermos tempo e espaço para verdadeiramente observar nossos próprios pensamentos e ações, o bem surgirá. Devemos dar a nós e aos outros espaço onde possamos funcionar de maneira apropriada, e passar a agir de maneira altruísta. 

É muito fácil dizer essas coisas. A prática começa definitivamente com nós mesmos. Quando olhamos para um espelho, geralmente sabemos o que queremos ver, e assim vemos somente o que queremos. Ver o que realmente está no espelho, bom ou ruim, e trabalhar com o que vemos, é muito importante e necessário. É preciso alguma coragem. 

Pensemos cuidadosamente, porque os tempos mudam. O tempo não espera por ninguém, mas há oportunidades em cada momento. A frivolidade fere somente a nós próprios. Porém, se em nossas curtas vidas formos capazes de ser úteis a alguém mais, então termos agido como um ser iluminado."

(Khandro Rinpoche - Compaixão para uma vida melhor - Revista Sophia, Ano 15, nª 70 - p. 12/13)
Imagem: Pinterest


quinta-feira, 15 de julho de 2021

UMA SÓ RELIGIÃO

"Devemos sempre nos lembrar que todos os caminhos conduzem a Deus e que Sua atitude é de bondade e tolerância.

Qualquer um de nós tem todo o direito de gostar e de praticar a religião que quiser, até mesmo mais de uma se assim o desejarmos. Porém, devemos ter cuidado para que uma mistura de religiões não confunda nossa cabeça. O motivo é simples: as diferentes religiões apresentam algumas afirmações contraditórias entre si. Precisamos saber no que estamos acreditando. Estudar um pouco as religiões não é má ideia. As religiões são caminhos que nos levam a Deus e, assim sendo, qualquer caminho pode ser adequado desde que se escolha aquele que melhor alcança o nosso coração. O dramaturgo irlandês Bernard Shaw nos oferece um resumo preciso desta situação quando diz: 'Só existe uma religião, embora dela existam centenas de versões.'

Escolher uma religião depende de vários fatores, além dos propriamente religiosos. É importante, por exemplo, avaliar a qualidade da comunidade que se organiza em torno da prática religiosa. Convém também observar o tipo de vida que levam as pessoas que frequentam a religião, seu grau de alegria, felicidade e amor à vida. E deve-se estar atento aos dirigentes, pois eles são a melhor amostra da qualidade de seu grupo.

Para distinguir uma igreja séria de outra que estimula o fanatismo das pessoas basta observar se a preocupação de seus líderes é com a alegria e felicidade das pessoas ou com sexo e dinheiro. Vale a pena lembrar também que as boas igrejas são tolerantes com as diferentes crenças religiosas e não procuram se impor como a única certa e verdadeira. Devemos sempre nos lembrar que todos os caminhos conduzem a Deus e que Sua atitude é de bondade e tolerância.

A intolerância religiosa tem sido uma permanente causa de instabilidade social e de graves conflitos nos últimos três mil anos. Desde que pela primeira vez se estabeleceu a ideia de um Deus único e verdadeiro, se criou, ao mesmo tempo, a legitimação do direito de impor aos outros uma religião como sendo a melhor e a certa. Daí para as guerras religiosas foi um pequeno passo. Ninguém deve impor suas ideias aos outros, principalmente quando esta imposição é feita à força, pelos que detêm o poder."

(Luiz Alberto Py - Olhar Acima do Horizonte - Ed. Rocco Ltda., Rio de Janeiro, 2002 - p. 149/150)




terça-feira, 15 de setembro de 2020

AMOR E BONDADE: DESCERRANDO O MANANCIAL

AMOR OU BONDADE? | Deus ainda fala!"Quando acreditamos que não existe em nós amor suficiente, há um método para descobri-lo e invocá-lo. Recue na mente e recrie, quase visualize, um amor que alguém lhe deu e que realmente o tocou, talvez na infância. Tradicionalmente, você é ensinado a pensar em sua mãe e na devoção que ela tem por você por toda a vida, mas se isso lhe parece problemático pense na sua avó, no seu avô ou ainda em alguém que tenha sido profundamente bondoso e dedicado a você em sua vida. Lembre-se de um instante particular em que você foi amado e sentiu esse amor vividamente.

Deixe agora que aquela sensação surja outra vez em seu coração, infundindo gratidão em você. À medida que faz isso, seu amor irá naturalmente para a pessoa evocada. Verá então que, embora nem sempre sinta que foi suficientemente amado, você o foi de fato. Saber disso fará com que de novo se sinta digno do amor e realmente amado, como aquela pessoa o fez sentir-se.

Permita que seu coração se abra agora, e deixe que dele flua o amor; estenda-o então a todos os seres vivos. Comece pelos que lhe estão mais próximos, e depois leve-o aos amigos e conhecidos, aos vizinhos, a estranhos, àqueles de quem não gosta ou com quem tem dificuldades, mesmo os que considera seus 'inimigos', e finalmente estenda-o a todo o universo. Deixe que esse amor se torne cada vez mais sem fronteiras. A equanimidade é, juntamente com o amor, a compaixão e a alegria, um dos quatro aspectos essenciais daquilo que, segundo os ensinamentos, constitui a aspiração da compaixão na sua totalidade. A visão todo abrangente e sem preconceito da equanimidade é o ponto de partida e o fundamento do caminho da compaixão.

Você verá que essa prática descerra uma fonte de amor e essa revelação da bondade amorosa em você inspirará o nascimento da compaixão. Como disse Maitreya num dos seus ensinamentos a Asanga: 'A água da compaixão flui pelo canal da bondade amorosa'."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Palas Athena, São Paulo, 2000 - p. 251/252)

segunda-feira, 16 de abril de 2018

A IMPORTÂNCIA DA MUDANÇA SOCIAL (PARTE FINAL)

"(...) Chega uma época quando a consideração ética é inconsciente e naturalmente praticada na vida. Um ser humano de fato plenamente realizado e internamente maduro não pode estar livre de considerações relacionadas à ética do que quer que enfrente. A questão está diante dele e ele deve decidir se é certo ou apenas importante ser bem-sucedido. Tais questões não o perturbam, porém lhe ensinam de um modo que outras questões não o conseguem. A ética é parte da vida - uma parte importante - para alguém se tornando digno de sua posição como ser humano, e dispondo de mais poder do que a pessoa não perceptiva.

A consciência ética leva os seres humanos ao sentimento religioso, que é a percepção da natureza sagrada em todas as coisas. Ela está oculta na maioria das pessoas, mas existe da mesma maneira. É difícil descrever o que é, mas sua importância pode ser sentida por qualquer um que a tenha experienciado. Assim, seja cortando uma planta, ferindo um ser humano ou nos relacionamentos mais complicados, ela tem um lugar. Mas o sentimento deve vir ao se começar a entender a importância da atitude correta e do sentimento correto com relação a tudo, e o valor oculto de tal compreensão.

O que é certo? Essa é uma descoberta que só o ser humano pode fazer. Não está relacionada aos favoritismos pessoais nem condena os inimigos a seguir adiante. Tem de ser conhecida para ser apreciada. Muito da vida nos estágios iniciais consiste em descobrir o elemento ético através das questões confusas que podem surgir. A pessoa eticamente consciente não é tocada por sentimentos pessoais. Ela olha as questões de um ponto de vista mais elevado.

Esse ponto de vista mais elevado é o que conduz o ser humano rumo ao mundo da bondade, do amor e da sabedoria. Portanto, é importante começar a aprender o que é ético. Algumas pessoas importantes disseram que tudo na vida é para o bem, pois tudo pode ensinar o que é bom e o que não é. Assim, podemos dizer que a vida é vivida não para ser bem-sucedido, para se seguir em frente, para se ser apreciado, etc., mas para se descobrir o que é verdadeiramente correto. Quando se olha a vida dessa maneira, talvez isso reduza o sofrimento porque a pessoa compreende que, de fato, tudo é bom. Em todo indivíduo há pontos de imperfeição que têm de ser vistos, dos quais se podem aprender lições."

(Radha Burnier - A importância da mudança social - TheoSophia, Ano 100, Julho/Agosto/Setembro de 2011 - Pub. da Sociedade Teosófica do Brasil - p. 8/9)


quarta-feira, 4 de abril de 2018

EMPATIA

"A você que aderiu à ideia de tornar-se 'servo bom e fiel', mais um pedido:

Procure conhecer, aí na vizinhança, em seu bairro, em lugar que lhe for acessível, uma ou mais instituições que prestam caridade. Sempre existe alguma e, infalivelmente, se debatendo em crises de sobrevivência, estará dependendo de sua colaboração. Há sempre indivíduos ou casas assistenciais que dependem de você e de mim. Há sempre pessoas desamparadas na velhice, esmagadas pela solidão ou por doenças, há sempre crianças cujo futuro - feliz ou desgraçado - estão precisando de sua cooperação e da minha.

Precisamos - você e eu - poder dizer assim:

'Meu Deus, estou cumprindo meus deveres de caridade, e nisto estamos encontrando a verdadeira felicidade, a de estarmos Te ajudando nas pessoas necessitadas.'

Se trocarmos a posição de quem pede pela posição de quem dá, nos enriqueceremos.

A dor dos outros dói em mim."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 80/81)


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A ORDEM CÓSMICA (PARTE FINAL)

"(...) Os olhos não veem senão um pouco, de vez em quando. Só as pessoas mais despertas veem as maravilhosas qualidades da natureza e também da consciência. H. P. Blavatsky, com seus extraordinários insights, via a bondade oculta em pessoas que pareciam grosseiras aos outros. Ela dizia que 'a combinação espiritual e psíquica do homem com a natureza' existe mesmo numa pessoa com falhas de caráter. É esse fator oculto, mas essencial, que devemos considerar, para saber qual será nosso futuro e o que a ordem cósmica nos revelará.

O físico David Bohm afirmou que ordem e unidade são parte da ordem implícita que constitui a realidade fundamental. O homem seria uma pessoa bem diferente se começasse a descobrir essa característica. Mas estamos tão preocupados com nossas ambições que não compreendemos o que verdadeiramente existe. Somente os seres iluminados compreendem isso plenamente; portanto, o mundo onde as pessoas estão destruindo tudo de acordo com seus gostos e aversões não é real. O mundo é maya.

Maya não se refere ao que compreendemos. O que percebemos não é uma ilusão total, mas uma vez que converte e dá significado a tudo, é ilusão. O que vemos não é o que existe. E, quando temos uma falsa compreensão de nós mesmos, tudo o mais que pensamos que sabemos também é falso. Tudo isso é meditação: saber que mesmo as pequeninas coisas resplandecem com um elemento de divindade que as torna iguais ao altíssimo, que a menor das coisas contém o elemento divino. A totalidade da ordem cósmica revela beleza, inteligência e amor. Cada um deve purificar e elevar sua natureza para ver isso.

Como buscadores da verdade, parte do nosso trabalho é perceber a natureza gloriosa que é onipresente. Como isso pode ser feito? Podemos discutir, mas antes de tudo devemos compreender, pelo menos intelectualmente, que em cada partícula de existência há o elemento divino."

(Radha Burnier - A ordem cósmica - Revista Sophia, Ano 15, nº 67 - p. 33)

sexta-feira, 16 de junho de 2017

O MEDO CESSA PELO CONTATO COM DEUS

"O medo persegue-o constantemente. E só se extingue pelo contato com Deus, nada mais. Por que esperar? Por meio da Ioga, você pode ter a comunhão com Ele. A Índia tem algo a dar, algo que nenhuma outra nação jamais ofereceu. Devo tudo a meu guru, Swami Sri Yukteswar; ele foi um mestre em todos os sentidos. Seguindo sua sabedoria, pude ter êxito em minha missão no Ocidente. Ele disse: 'Tudo o que fizer, procure fazê-lo como ninguém antes o fez'. Se você se lembrar desse pensamento, terá êxito. A maioria das pessoas imita outras. Você deve ser original, e o que quer que faça, faça-o bem. A natureza inteira comunga conscientemente com você quando está em sintonia com Deus.

Frequentemente pensamos em nós mesmos primeiro, mas deveríamos sempre incluir os outros em nossa felicidade. Assim agindo, com toda a bondade de nossos corações, difundimos um espírito de consideração recíproca. Se, em uma comunidade de mil pessoas, todos procedessem assim, cada um teria 999 amigos. Mas se nessa comunidade, cada um agisse como inimigo do outro, teria 999 inimigos.

Conquistar os corações alheios pelo poder do amor é a maior vitória que se pode alcançar na vida. Procure sempre considerar primeiro os outros e descobrirá o mundo inteiro a seus pés. Foi essa a grandeza de Jesus. Ele viveu e morreu por todos. Homens de grande poder material que vivem exclusivamente para si mesmos são logo esquecidos, mas os que vivem totalmente para os outros são lembrados para sempre. O Rei dos Reis não teve um trono de ouro, durante sua breve passagem pela terra; mas ele tem reinado por vinte séculos, em um trono de amor, nos corações de milhões de pessoas. É o melhor trono que se pode ter."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 95/96)


terça-feira, 6 de junho de 2017

A COMUNHÃO DOS SANTOS (1ª PARTE)

"Santos houve em todos os tempos, entre todos os povos e crenças. O santo é alguém em quem floresceu o germe da divindade ou Cristandade, oculto em cada um de nós. Essa divindade revela-se como bondade e perfeição; uma vez que a perfeição humana engloba todas as virtudes e graças, existem santos de muitos tipos, alguns se sobressaindo em devoção a Deus, outros em conhecimento da verdade, e outros ainda em ação altruística de acordo com a vontade de Deus. Todas essas sendas são igualmente sendas que levam ao ponto mais elevado. Deus, devemos compreender aqui, não é a imagem artificial, mas o supremo poder que tem sede no coração do próprio homem e também em todas as outras coisas, visíveis e invisíveis.

Houve grandes homens e mulheres que devem ter sido amados por Deus, embora não reconhecidos pelos homens; deve ter havido alguns, entre os assim chamados santos, sobre quem o halo foi lançado, por assim dizer, em antecipação, por seus ardentes seguidores. A grandeza nem sempre é reconhecida no seu tempo, nem sempre consiste no que parece ser.

Esses santos, embora possam não estar encarnados, ainda são presenças espirituais - como todos os homens - naquele aspecto de suas naturezas que está sempre voltado para Deus, só que ainda mais. Assim, eles estão unidos a nós de maneiras sutis, misteriosas. No reino do Espírito todas as suas manifestações formam uma unidade.

A ideia de que os santos, do passado e do presente, constituem uma comunhão ou associação é bela e consagra uma verdade maravilhosa. Mesmo em nosso mundo inferior, semelhante atrai semelhante. Muito mais ocorre naquele reino onde cada vida ou centro pulsa com magnetismo e poder. Deve haver perfeita concórdia onde existe perfeita compreensão e unidade de objetivo, que é a realização do plano de Deus. (...)"

(N. Sri Ram - o Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 60/61)


sexta-feira, 24 de março de 2017

O BOM CORAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Como a lei do carma é inevitável e infalível, sempre que fazemos mal aos outros estamos diretamente fazendo mal a nós mesmos, e sempre que os fazemos felizes estamos trazendo futura felicidade para nós mesmos. Assim diz o Dalai Lama:
Se você tentar dominar seus impulsos egoístas - raiva e assim por diante - e desenvolver mais bondade e compaixão pelos outros, no fim você mesmo estará se beneficiando mais do que estaria de outra forma. Por isso às vezes digo que o egoísta sábio deveria praticar desse modo. Os egoístas tolos estão sempre pensando em si mesmos, e o resultado disso é negativo. Os egoístas sábios pensam nos demais, ajudam-nos o quanto podem, e o resultado é que também eles recebem benefícios.
A crença na reencarnação mostra-nos que há no universo uma espécie de justiça ou bondade suprema. É essa bondade que todos estamos querendo descobrir e libertar. Sempre que agimos positivamente, movemo-nos na direção dela; sempre que agimos negativamente, nós a obscurecemos e inibimos. E sempre que não podemos expressá-la em nossas vidas e ações sentimo-nos infelizes e frustrados. 

Assim, se tiver de tirar uma mensagem essencial do fato da reencarnação, seria esta: desenvolva esse bom coração que deseja ardentemente que os outros seres encontrem felicidade duradoura, e que age para assegurá-la. Nutra e pratique a bondade. Disse o Dalai Lama: 'Não há necessidade de templos; nenhuma necessidade de filosofias complicadas. Nosso próprio cérebro, nosso próprio coração é nosso templo; minha filosofia é a bondade'."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 131/132)


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

KARMA INDIVIDUAL E KARMA COLETIVO (2ª PARTE)

"(...) Já que afetamos uns aos outros, uma pessoa piedosa irá 'transferir' ou fazer um 'parivarta' de seus méritos em benefício de todos os seres. E isso virá do amor que tem a todos, e do seu desejo de ajudar a salvação da raça. 'Todo o bem que fazemos é absorvido no depósito uni­versal de méritos, que é nada menos do que o Dharma-kâya (Deus). Cada ato de amorosa bondade é concebido no Seio de Tathâgata (Seio do Senhor Universal) e ali é nutrido e amadurecido, vindo a ser trazido de novo a este mundo do Karma para dar seus frutos' (ib.). A dou­trina, aqui, é lindamente exposta, e com muita clareza, mas é preciso notar que o que ela diz sobre a região do Karma não estar no Mundo Social aplica-se ao bem moral e aos maus frutos, pois em outra parte ela diz que o Kar­ma também é Social, isto é, Coletivo.

Pugnar pelo bem-estar da Humanidade é o nosso mais sagrado trabalho, e 'transferir' nossos méritos, tanto quanto possível, para a salvação dos outros, é ajudar os Salvadores em Seu Trabalho, aqueles que por amor e com­ paixão para com a Humanidade renunciaram à sua entra­da final no Nirvana enquanto houver alguém do lado de fora de suas portas. 'Trabalhar pela Humanidade é o pri­meiro passo', diz a A voz do silêncio, e não há serviço de Deus que não se resolva em serviço para com a Huma­nidade. As doçuras das altas regiões são para todos, e devemos trazer para baixo, para os mortais, o incenso celestial. (...)
        
Aqueles que não veem o divino objetivo de toda a Vida, os que se separam dos outros, aqueles cujos pensa­mentos são para as alegrias que podem ser obtidas para si — esses são os filhos de Mâra, o Mal, que prejudica o progresso da Humanidade, tal como o saibro paralisa as rodas de uma máquina, prejudicando-a em seu trabalho. Mesmo assim, não nos devemos afastar deles, porque são exatamente os que precisam de luz e de ajuda. 'Conside­ro o bem-estar de toda a gente como algo pelo qual devo trabalhar', diz o piedoso e nobre Imperador Asoka em seu sexto Édito. (...)"

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 30

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

A VIDA NO CORAÇÃO DO MUNDO

"O sábio não tem coração estreito,
Inclui no seu coração os corações dos outros.
Ele é bom com os bons
E bom também com os não bons,
Porque sua íntima atitude
Só lhe permite ser bom.
Ele é honesto com os honestos
E honesto também com os desonestos
Porque seu íntimo ser só lhe permite
Ser honesto com todos.
Ele vive retirado,
Mas a sua vida está aberta de par em par
A todos os homens.
Os olhos e os ouvidos dos homens
Se voltam para ele, estupefatos -
Ele vê seus filhos em todos.

EXPLICAÇÃO: Quando o homem se realiza a si mesmo, todas as coisas fora dele são realizadas. Quem em primeiro lugar busca o reino de Deus e sua harmonia, verá que todas as outras coisas lhe serão dadas de acréscimo.

O alicerce do fazer bem está em ser bom.

Ser bom é estar em harmonia com o Infinito, com a alma do Universo, e viver de acordo com essa consciência."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 130/131)

sábado, 19 de novembro de 2016

AMOR

"À medida que vamos conseguindo amar os outros, tanto quanto já nos amamos, vamos deixando de sentir dificuldade em sermos bondosos e, simultaneamente, vamos também sentindo ser mais difícil prejudicar e ferir os demais.

Aprender a amar o semelhante é a única solução para esta tão trágica humanidade às vésperas da hecatombe.

Se continuarmos a pensar o bem somente de nós e dos 'nossos', a querer e fazer o bem somente para nós e para os 'nossos', com exclusão dos outros e até em detrimento dos outros, continuaremos nos condenando à destruição geral, aquela que não queremos para nós e para os 'nossos'.

Para todos, a solução que resta é amar e servir aos demais como amamos e servimos a nós e aos 'nossos'.

Que teu Poder e Teu Amor possam se manifestar em benefício do próximo."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 118/119)


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

SATSANG

"Dize-me com quem andas...

Você anda em companhia de pessoas bondosas, puras, amorosas, sinceras, caridosas, corretas, abnegadas?...

Não precisa dizer mais nada...

Já sei muito sobre você.

O semelhante atrai o semelhante.

Se notar em você alguma tendência para buscar as rodas de 'fumo', as rodas de maledicência, de vício, de mentira, corrupção... Já sei também bastante sobre você.

Se você aspira a felicidade e a paz, a alegria e o equilíbrio, procure então viver com pessoas sábias e puras.

Senhor. Obrigado por Tua perene presença em mim!"

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 171/172)


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

DIVISÕES DO CARMA

"Denominemos, segundo os hindus:

Carma total ou Sanchita, o mal e o bem acumulados de todas as vidas passadas.

Carma parcial ou inicial ou Prarabda, a quantidade de sofrimento e de prazer destinados a uma vida física.

Carma final ou futuro ou Agami ou Kryiamana, a relação entre o bem e o mal praticados na vida atual. É o Carma que estamos formando, para ser descontado futuramente, nesta ou em outras encarnações.

A diferença entre o Carma final e o inicial, dará um saldo a favor do indivíduo, e será descontado do Carma total.

Em cada vida física o indivíduo procura descontar certa porção de Carma.

No fim de numerosas existências, terá pago todas as suas dívidas cármicas.

Esgotado o mau Carma total, o indivíduo terminou sua evolução humana.

A vida do indivíduo é coisa por demais complexa, para poder-se descer à análise de todos os seus atos, pensamentos e sentimentos.

Muita coisa resolve-se dentro do próprio mecanismo da natureza, porém o resultado global dos atos do indivíduo tem de passar pelo controle dos Senhores do Carma.

Há ações que produzem resultados imediatos, porém outras só permitirão a colheita de frutos em novas vidas.

Então intervêm os Auxiliares Superiores, distribuindo para cada existência terrena a quantidade de bom e mau carma, criando o ambiente, as circunstâncias em que a pessoa vai viver e lutar."

(Alberto Lyra – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 62)


quinta-feira, 3 de março de 2016

A CONDIÇÃO DE SERVIR

"Viemos a esta terra para servir uns aos outros. Os pais cuidam dos filhos, os cônjuges se ajudam mutuamente, amigos dão força uns aos outros – a vida se mantém e se alimenta através do amor e da devoção incondicionais.

Servir é mais do que um processo unilateral. Quanto mais dá de si generosamente, mais você tem para dar, Ou, nas palavras de Jesus: ‘Aquele que se perder por Mim, achará’. Dois meses antes de sua morte, Martin Luther King afirmou que o único apego que teria de deixar para trás era uma ‘vida de dedicação’. Vinte anos depois um feriado nacional comemora o seu legado – uma vida de serviços.

Existe sempre alguém a quem você pode servir e alguém que está igualmente pronto a servi-lo. O símbolo representado pela escada de Jacó ilustra admiravelmente a natureza triunfante da devoção. Tal como as figuras na escada, quando empurramos nosso próximo um degrau acima, somos, ao mesmo tempo, ajudados a subir por alguém que está à nossa frente. Ajudando-nos uns aos outros, todos poderemos alcançar juntos nossa meta espiritual.

Dê uma olhada em sua própria vida. Compreenda que está a serviço do planeta e de seus habitantes. Pouco importa como o mundo está vendo a sua contribuição. O que realmente importa é a motivação que está por trás do ato de servir. O simples ato de sorrir para um estranho pode favorecer uma cura tanto quanto a descoberta de uma nova vacina. Nenhum gesto de bondade, por menor que seja, jamais é desperdiçado."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam  Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 106)


sábado, 12 de dezembro de 2015

SOFRIMENTO SUBSTITUTIVO (2ª PARTE)

"(...) A fim de ilustrar a possibilidade de um sofrimento substitutivo, um sofrimento por  culpa alheia, sirvamo-nos da comparação seguinte:

O paladar do homem ingere veneno, por ser de sabor agradável; a consequência desta aberração (pecado) não é somente a morte do paladar, mas sim a morte do corpo todo, embora as pernas, os braços, o coração e os pulmões não sejam culpados; a organicidade do corpo implica nessa solidariedade do sofrimento.

O indivíduo humano não é um átomo isolado e separado do organismo da humanidade; é uma parte integrante dela; por isto, sofre a parte por outra parte ou pelo todo.

Nenhum homem é mau só para si - o seu ser-mau faz mal a todos.

Nenhum homem é bom isoladamente - o seu ser-bom faz bem a todos.

A maldade de muitos faz mal a todos - a bondade de muitos faz bem a todos.

'Quando um único homem - escreve Mahatma Gandhi - chega à plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões' e quando ele viu que o chefe de polícia o acompanhava com uma arma de fogo para o defender, em caso de atentado, Gandhi murmurou: 'Enquanto alguém deve defender alguém com violência, eu não cumpri ainda a minha missão'.

Inversamente, poderíamos dizer: quando um homem chega ao abismo do ódio, reforça o ódio de milhões. 

Ninguém pode herdar o pecado de outrem, mas pode sofrer porque outro pecou.

Se uma criança nasce defeituosa, não prova isto necessariamente que ela pecou uma existência anterior; isto lhe pode acontecer porque todo o indivíduo vive num ambiente envenenado pelas maldades da humanidade, conforme as palavras do Mestre: 'O príncipe deste mundo, que é o poder das trevas, tem poder sobre vós'. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Marin Claret, São Paulo, 2004 - p. 26/27)


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A YOGA ENSINA O HOMEM A MUDAR A SI MESMO (PARTE FINAL)

"(...) Torne-se como uma flor; se você colhe uma linda rosa e a esmaga em suas mãos, ela desprende uma doce fragrância. É assim que o devoto deve ser. Não importa como seja esmagado pela indelicadeza do outro, ele emite o doce perfume do perdão, da bondade. São Francisco era assim. Todos os santos expressam compaixão e bondade. (...)

O homem divino está preocupado em seu próprio comportamento correto em relação à outras pessoas. 'Ofereço bondade, penso com bondade, falo com bondade? Faço o bem neste mundo?' Ele não está interessado em ser um grande instrutor para praticar o bem. Não. Onde quer que esteja, seja o que for, ele quer fazer somente o bem. Esse indivíduo é como a flor perfumada; abelhas devotas juntam-se a seu redor.

Eis uma outra ilustração que Guruji oferecia: 'As moscas gostam de apinhar-se em volta de imundícies. A abelha quer ir somente aonde possa recolher o doce néctar. Não gosto de ver pessoas se comportarem como moscas, reunindo-se onde quer que haja feiura, mexerico, maldade, mesquinhez, ódio, ciúme, inveja, intolerância e preconceito. Preferiria contemplar um jardim de perfumadas florações de qualidades da alma, para onde as abelhas humanas são atraídas para sorver o mel divino do amor, da compaixão e da bondade.

Quando digo essas palavras, cada um de vocês reage positivamente. Por quê? Porque elas expressam a própria natureza de sua alma; e estou simplesmente recordando o que vocês são: almas feitas à imagem do Amado Único.

'Não terás outros deuses diante de Mim. (...) Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso'. Agora você entende melhor o que o Senhor quer dizer: quando fazemos coisas divinas, quando expressamos qualidades divinas, que são inatas em cada um de nós, não temos outros deuses - ciúme, cobiça, ira, ódio ou qualquer outra coisa. Nós fizemos Dele, de Suas qualidades, de Seus ideais, o primeiro em nossa vida."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 168/169)

quarta-feira, 15 de julho de 2015

O CONTATO COM A PRESENÇA DIVINA

"Quando você faz uma prece e segue uma sensação de paz, serenidade e confiança, isso significa que entrou mentalmente em contato com seu Ego Superior (Deus em você; o EU SOU) e começou a conhecer-se um pouco melhor. O Cristo em você é 'O EU SOU', o Espírito Vivo Todo Poderoso, o Princípio Vital. Descartes disse: 'Cogito ergo sum.' O que significa: 'Eu penso, logo EU SOU.'

A capacidade do Espírito é pensar, permitindo-lhe optar, comparar, avaliar e decidir. Você é dotado de livre iniciativa, da capacidade de opção. A única força imaterial de que tem consciência é o seu pensamento. Descartes racionalizou que todas as evidências objetivas não são absolutamente verdadeiras, citando como exemplo as ilusões de óticas e outros fenômenos que o iludem. A única coisa certa no universo é que Deus é Deus. Quando diz 'EU SOU', está anunciando a Presença de Deus dentro de você. 

Quando você é bom e generoso, quando eleva os outros em seus pensamentos e sentimentos, quando diz algo bom e estimulante, está manifestando o EU SOU em você. Você é uma individualização do Espírito Infinito e está aqui para expressar mais e mais a sua Divindade. Nós nos elevamos dos mortos quando renunciamos a velhas crenças, superstições e falsas crenças e despertamos para a Presença de Deus interior."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 18)


domingo, 26 de abril de 2015

COMO TESTAR SEU DESEJO (PARTE FINAL)

"(...) Reivindique o que lhe seja favorável na lei e ordem Divinas. Há milhões de canais, mas só Uma Única Fonte. Sempre recorra a essa Fonte, para tudo o que desejar. A natureza interior do ser é a tendência de dar. Assim, se você tem qualquer dúvida sobre a natureza dos seus próprios desejos, procure testá-los pela qualidade de dar. A realização do seu desejo contribuirá para o seu bem-estar? Irá lhe permitir expressar mais de vida, amor e energia?

A Energia Divina, segundo o evangelho, veio à terra a fim de que possamos ter vida e tê-la mais abundantemente. ... Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (João, 10:10). Esse desejo de dar seus talentos, faculdades, amor, bondade, cordialidade e boa vontade jamais será desapontador. Tudo isso está apoiado na verdade secular: 'Quanto mais você dá, mais tem.'

Seu desejo de 'ser' - o grande curador, o grande médico, o grande mestre, o grande cantor, de expressar no nível mais elevado e lançar luz a todos que o cercam - é à imagem e semelhança de Deus e muito bom."

(Joseph Murphi - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 14ª Edição - p. 95/96)


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A CIDADE PERFEITA (1ª PARTE)

"Há muito tempo os gregos construíram o que foi, durante algum tempo, uma cidade perfeita. Era Atenas. Conta a história que um espartano visitou Atenas; após o seu regresso a Esparta, os amigos perguntaram que tipo de cidade era Atenas. Sua resposta foi resumida, já que os espartanos eram treinados para serem sucintos e objetivos ao conversar. Ele respondeu: ‘Todas as coisas lá são nobres.’ Nenhuma resposta poderia ser mais verdadeira, pois era o ideal que Péricles idealizou para a cidade. Atenas deveria ser um lugar onde tudo, cada objeto e cada atividade, representasse uma expressão de nobreza.

Para enobrecer todas as atividades da vida é necessário evocar o senso de grandeza em cada cidadão. Assim como Platão deu início às suas teorias sobre o Estado perfeito, da mesma forma devemos começar com a ideia de que a trindade ‘bondade, verdade e beleza’ existe no indivíduo quando ele nasce. Precisamos abandonar todo o pensamento de que existe um ‘pecado original’ na alma e substituí-lo pelo pensamento da ‘virtude original’. De maneira semelhante, é necessário também transcender as limitações do materialismo científico, que vê o ser humano apenas como o último elo de uma cadeia de organismos que teve início com as bactérias.

Devemos, por outro lado, começar pelo axioma de que cada criança que nasce, seja de pais virtuosos ou não, tem em si algo de grande e nobre, e é dever do estado cultivar o seu caráter. Certamente as leis da hereditariedade são fatos; mas a hereditariedade não cria o caráter, bom ou ruim. Ela ajuda ou impede a manifestação do que quer que esteja na consciência. (...)"

(C. Jinarajadasa - A Cidade Perfeita - Revista Sophia, Ano 5, nº 20 - p. 14)